quinta-feira, novembro 25, 2004

Eu sou quem sou pelo seu abandono. Ia escrever porque você me abandanou, mas achei a rima fraquíssima (além de ter que manter a minha fama de odiadora de poesias). Bem, voltando. Portanto, muito obrigado por ter contribuido para minha formação. Talvez se você estivesse ao meu lado eu saberia exatamente onde por as vírgulas, se antes ou depois do primeiro portanto, mas isso não importa.

Será que eu seria mais segura? Talvez. Admito que meu jeitinho me deu um certo charme e as pessoas costumam aguentar minhas idas e vindas. Isso é bom. Será que é por sua causa que sempre me cerco de pessoas legais e desequilibradas? Ou será que são todos desequilibrados e eu fico tentando me achar especial?

As vezes eu acredito que sou calada porque tenho tanta coisa inteligente pra dizer que assustaria todos, mas quando estou lá, caladona, eu tenho certeza que não tenho nada a dizer.

Tento manter algumas pequenas heranças e fico com pena de mim mesma. Tipo aquele quadro que tá na sala (acho ele horrível e nem tenho coragem de dizer) ou essa cadeira que estou sentada. Minha mãe me contou que a sua mãe sentava nela. Esse final de ano vou comprar uma cadeira para o coputador e não sei pra onde ela vai. Desculpe, mas ela terá de sair daqui pois é muito grande e atrapalha a conexão. Desenho fazendo pequenos rabiscos. Esse é o jeito que eu lembro que vc desenhava. David já me falou pra parar, esse é um vício que me atrapalha, mas fico com pena de mim mesma e continuo. Estávamos precisando de uma agenda de telefones e minha mãe (ela adora armengues, era assim na sua época?) passou corretivo em uma que tinha sua letra. Chorei um bocado e aumentou minha revolta surda contra ela. Ah! Isso é sua culpa. Ela é legal.

quarta-feira, novembro 17, 2004

- [ Zone Labs Security alert: Session encrypted ]
- d*!!!
- oi, c*
- tudo certo?
- tudo
- encontrei m* e e* lá no r*
- hj eu tive uma idéia ma-ra-vi-lho-sa!
- como é essa idéia?
- ma-ra-vi-lho-sa
- uau
- já que não vai me contar, me diga um nome mais curto para "acesso para deficientes"
- hum...
- acesso pra deficientes
- óia
- me conte sua idéia agora
- nome para os filhotes de f*: romildo e partitura
- eta
- achou ma-ra-vi-lho-so?
- lin-do
- de onde vc tirou esses nomes?
- da mjnha cabeça
- e vc e seus americanozinhos ficaram lá falando em inglês e dando muita risada?
- d*?
- ficamos falando os dois e dando risada
- português e inglês
- então eles só falam inglês puro quando eu tô por perto!
- é
- contou umas histórias da a* da e*
- conte-me
- disse quee eles estavam conversando e dando risada, e ela disse pra parar senão ela mijava nas calças
- aí, daqui a pouco, ela mijou nas calças
- hahahahahahahahahahahahahahahahaha
- (e não mijei)
- e* é marceneiro freelancer
- marceneiro?
- é
- legal! será que ele pode fazer minha cama?
- capaz
- é bom que ele ainda ganha algum
- sabia que estou com planos de ficar rica e famosa?
- sabia? sabia?
- teve um menino que elogiou no blog. disse que meu texto era muito diferente, mas não era meu, era de Gombrich
- vc não lê o que escrevo, então vou te chamar de...
- BESTÃO!!! BESTÃO!!! BESTÃO!!! BESTÃO!!!
- eu leio, sim
- eu li o de gombrich
- é uma lenda
- é legal o estilo, tudo brusco e fantasioso
- tipo
- hoje encontrei dois dragões no caminho do trabalho, desci a l* pra procurar um raio de trovão partido pra matá-los, aí no meio do caminho encontrei um ladrão de galinhas, que me vendeu uma clava mágica
- posso colocar nossa conversa no blog?
- essa?
- é
- inteira?
- não
- posso ou não, banana?
- bota
- eba!

terça-feira, novembro 16, 2004

Notícias do busu

Estou passando fome. Por favor, me ajude. Obrigado!
Estou passando fome. Por favor, me ajude. Obrigado!
Estou passando fome. Por favor, me ajude. Obrigado!

Notícias de Simões Filho

Duas porcas: ACM e Cézar Borges.
Três cães: Brenda, Bob, Sansão.
Um bode que mama três vezes ao dia.
Uma mãe vaca sofredora e uma filha grávida egoista.

quarta-feira, novembro 10, 2004

"Era uma vez um jovem na cidade de Gwais Kun que costumava passar o dia todo mandriando na cama até que sua sogra o repreendeu por isso; ele sentiu-se envergonhado, saiu de casa e decidiu matar um monstro que vivia num lago e se alimentava de seres humanos e baleias. Com a ajuda de um pássaro encantado, preparou uma armadilha feita de um tronco de árvore e pendurou nele duas crianças como isca. O monstro foi apanhado, o jovem vestiu a pele dele e pescava peixes, que deixava regularmente na soleira da porta de sua sogra. Ela ficou tão lisonjeada com essas inesperadas oferendas que se julgou uma poderosa feiticeira. Quando o jovem, finalmente, a desenganou, ela sentiu-se de tal modo envergonhada que morreu."
(História da Arte, Gombrich)