Olhe, sei que tenho um lado rabugento dos infernos. Ele é acionado por qualquer besteira e, uma vez acionado, dificilmente desliga. O carnaval é um desses momentos que desperta essa parte obscura do meu ser.
Simplesmente odeio qualquer coisa que se mova naquela direção. Odeio e desejo que sofra esfaqueado no meio de um arrastão. Desculpem amiguinhos, eu não quero uma morte tão trágica para vocês, mas admito que quando soubesse do acontecido, em um milésimo de segundo, um enorme e estridente toma, sacana! apareceria em minha cabeça transtornada. Depois eu ia chorar, ficar com uns sintomas esquema Ana O. e tal.
Eu não consigo entender o porquê de tanta gente ficar junta, estragando MINHA cidade, num lugar todo sujo de fezes e ainda dizer que é divertido. Seria capaz de detalhar cada parte do meu ódio e, mesmo assim, sei que ninguém deixaria o carnaval para trás por causa disso. Inferno.
A cidade é mais minha porque sei de poucas pessoas que a conhecem tão bem e já andaram tanto por aqueles – como chamam mesmo minhas ruas? – circuitos só pelo prazer de estar ali. Isso sem falar no festival de degradações: é a mulher, o negro, o pobre, o homossexual todo mundo numa alegria imensa por estar ali. Odeio.
E os Filhos de Gandhi?!? O que dizer dos Filhos de Gandhi?!? Tudo bem que é um movimento que tem boa intenção, mas não me digam que a maioria não se veste de branco só pra jogar aquele colarzinho ridículo no pescoço de uma mulher e tentar sufocá-la com alfazema. Aí a sacana ainda fica feliz: “ai, eu peguei xis Gandhi(s) lindo(s)!” (voz fina, olhar perdido).
Mudando de assunto, ontem à noite achei um filme na minha bolsa. E eu estava justamente no Iguatemi. Resolvi encarar a possibilidade de aparecer nua nas mãos de algum taradinho e pedi pro João ir revelar. Quase morro de vergonha em ver a loucura que tinha feito, felizmente passou. Tem duas fotos legais.

P.S. Gostaria de mudar o template do meu blog e deixá-lo correto no explorer. Alguém? Alguém?