"Ela tem forma", disse a si mesmo, enquanto se afastava pelo jardim, "isso não se lhe pode negar; mas terá sentimento? Receio que não. De fato, ela se parece com a maioria dos artistas: é toda estilo, sem traço de sinceridade. Não se sacrificaria por outros. Só pensa em música, e todos sabem que as artes são egoístas. Ainda assim, deve-se admitir que sua voz tem bonitos timbres. Uma pena que nada signifiquem, ou não tenham utilidade."
Retornou ao quarto, pegou um grosso livro empoeirado e começou a ler.
Oscar Wilde, O Rouxinol e a Rosa (tradução de Hélio Pólvora, presenteado por Sissi).
Um comentário:
Óia! Eu que mandei! :oD
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