E então, como fazia todas as vezes em que se reencontravam, ela beijou-o duas ou três vezes, apertando-o contra si com todas as suas forças, e ele sentiu em seus braços o contato com as costelas, os ossos duros e salientes dos ombros um pouco trêmulos, ao mesmo tempo em que respirava o doce perfume de sua pele (...) Ela o beijava e, depois de afastá-lo, olhava-o puxando de novo para beijá-lo mais uma vez, como se, medindo em si mesma todo o amor que podia lhe dar ou expressar, decidisse que ainda faltava uma medida.
Camus, Albert. O primeiro homem. Trad. Tereza Bulhões Carvalho da Fonseca, Maria Luiza Newlands Silveira. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994.
Um comentário:
Hum-hum. É assim mesmo que acontece.
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