terça-feira, julho 05, 2005

Havia em meu corpo uma necessidade dolorosa, que não era nem de alimento, nem de bebida, nem de mulher. Peguei o copo que Bompard me oferecia e bebi de um trago; recoloquei-o no aparador com uma careta.
- Compreendo tua predileção pelo método experimental – disse-lhe. – Mas, por favor, pára de estragar meu vinho com esse arsênico.
- O fato é que já deveis ter morrido cem vezes.

Beauvoir, Simone. Todos os homens são mortais. Trad. Sérgio Milliet.- São Paulo, Difusão Européia do Livro, 1960.

Um comentário:

Anônimo disse...

Quero ler esse livro. Preciso aprender a ir na biblioteca dos barris. :o( Muito longe...