quarta-feira, novembro 30, 2005
terça-feira, novembro 29, 2005
Diálogo do dia
D. Santa
Minha tia mais velha acaba de chegar com uma fotografia restaurada dos meus avós. Não conheci meu avô, ele morreu há cinqüenta anos. Minha avó eu conheci bem, viveu até quase os cem e morávamos juntas.
Na foto ela está com brincos e um colar bem prateados. Minha tia diz que eram de ouro e parecem prateados pois naquela época faziam muitos retoques, “é praticamente uma pintura”.
Lembro dos seu imenso cabelo liso e branco que eu gostava de pentear e prender com um de seus pentes. Ela tinha vários pentes que ganhava dos netos, mas seus preferidos eram uns marrons bem simples. Usava muitos anéis em seus dedos brancos, compridos e finos. Guardo com carinho alguns deles.
Morou décadas na capital e nunca pegou um ônibus. Raramente andava de táxi pois achava que uma mulher com tantos descendentes merecia ser levada com todo cuidado para onde bem entendesse.
Orgulhava-se da numerosa família e todos os seus netos têm uma colcha de fuxicos feita especialmente por ela. Como era praticamente cega, eu lia enquanto minha avó costurava as tais colchas. Ela tinha uma cadeirona de vime, eu uma cadeirinha e minha barbie uma cadeira ainda menor, todas idênticas, dispostas na varanda lado a lado.
Teve 12 filhos, dezenas de netos, outra dezena de bisnetos e beijou satisfeita a barriga que guardava seu primeiro tataraneto.
Contam que era extremamente geniosa e quando acordava fumava charutos ainda deitada enquanto meu avô preparava seu café.
Devia ser uma mulher esguia e elegante, mas já a conheci pequenininha, curvada sobre seu próprio corpo. Cheirava a talco e alfazema e em dia de festa usava um de seus belos xales.
Divertia-se muito quando seus netos a carregavam e foi no colo de um deles que morreu, contando como estava ansiosa para rever seu grande amor.
segunda-feira, novembro 28, 2005
domingo, novembro 27, 2005
Primeiro amor
- Mas Carol, nós gostamos de brigar!
Nada como o msn pra se lavar roupa suja com as amigas. Será que quando a gente pensa muito em alguém essa pessoa lembra da gente? Minha garganta não pára de doer. Eu queria receber demonstrações de carinho gratuitas de vez em quando. Hoje lembrei como é bom ser ruim. Yakissoba é legal.
sábado, novembro 26, 2005
sexta-feira, novembro 25, 2005
Valsinha
Olhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto convidou-a pra rodar
E então ela se fez bonita com há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços com há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça foram para a praça e começaram a se abraçar
E alí dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda cidade se iluminou
E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz
(Chico Buarque e Vinícius de Morais)
Homenagem à felicidade alheia.
quarta-feira, novembro 23, 2005
Comptais Ufba
terça-feira, novembro 22, 2005
Por Você
Eu limparia os trilhos do metrô
Eu iria a pé do Rio a Salvador
Eu aceitaria a vida como ela é
Viajaria a prazo pro inferno
Eu tomaria banho gelado no inverno
Por você eu deixaria de beber
Por você eu ficaria rico num mês
Eu dormiria de meia pra virar burguês
Eu mudaria até o meu nome
Eu viveria em greve de fome
Desejaria todo o dia a mesma mulher
Por você, por você
Por você, por você
Por você conseguiria até ficar alegre
Eu pintaria todo o céu de vermelho
Eu teria mais herdeiros que um coelho
Eu aceitaria a vida como ela é
Viajaria à prazo pro inferno
Eu tomaria banho gelado no inverno
Eu mudaria até o meu nome
Eu viveria em greve de fome
Desejaria todo o dia a mesma mulher
Por você, por você
Por você, por você
Eu mudaria até o meu nome
Eu viveria em greve de fome
Desejaria todo o dia a mesma mulher
Por você, por você
Por você...
(Barão Vermelho)
Modo passional ativado. Transmimentos de pensações são legais. Feliz, feliz.
segunda-feira, novembro 21, 2005
Os Oim Do Meu Amor
Os oím do meu amor
Nunca mais eu vi
Os oím dela brilhar
Nunca mais eu vi
Os oím do meu amor
São dois jarrinho de flor
E todo mundo quer cheirar
(Cordel Do Fogo Encantado)
sexta-feira, novembro 18, 2005
Coisas que não agüento mais ouvir de meus amigos
2. minha caneta da company
3. o menino que eu fiquei na gincana da escola
4. a bicicleta que me atropelou
5. o cara horrível que eu namorei
6. eu formo um belo casal com todomundosabequem
Mais alguma coisa?
quinta-feira, novembro 17, 2005
Morena
Tira a roupa da janela
Vendo a roupa sem a dona
Eu penso na dona sem ela
Meu quarto tem sete andares
Reinado da minha vista
Eu tenho o céu e o mar
Mas nada disso me conquista
Meus olhos desocupados
Só querem viver seguindo a tua pista
Morena, minha morena
Tira a roupa da janela
Vendo a roupa sem a dona
Eu penso na dona sem ela
Eu ando desarrumado
No trabalho e no amor
Até deixei de lado
Meu futuro de doutor
Com o dinheiro da escola
Comprei uma lente de alcance
E foi um horror
Morena, minha morena
Tira a roupa da janela
Vendo a roupa sem a dona
Eu penso na dona sem ela
(Tom Zé)
quarta-feira, novembro 16, 2005
Frase do dia
terça-feira, novembro 15, 2005
A primeira vez que pensei em uma tatuagem queria fazer Liberdad. Depois esqueci. Alguém tem uma boa imagem dela?
domingo, novembro 13, 2005
sexta-feira, novembro 11, 2005
Quando nós não realizamos uma tal possibilidade, então ela nos escapa para sempre. Se porém, nós a realizamos uma vez, então nós a realizamos de uma vez por todas. Então nós salvamos no passado a realidade da qual fizemos uma possibilidade. Pois ela é guardada no passado. Lá ela é preservada contra a transitoriedade. No passado nada é inexoravelmente perdido, mas tudo é resgatado de forma indelével. Comumente, o homem vê apenas o restolho da transitoriedade; o que ele deixa de ver são os celeiros cheios de passado. O que sempre fizemos e criamos, o que sempre vivenciamos e experimentamos – nós colocamos a salvo nesses celeiros, e nada e ninguém pode jamais bani-lo.
Vivi completamente; jamais a fortuna mais maligna arrancará de nós aquilo que a primeira hora nos deu. (Titus Petronius Arbiter)
(Frankl, Viktor E. A questão do sentido em psicoterapia. Campinas, SP: Papirus, 1990.)
quarta-feira, novembro 09, 2005
Coisas que me recarregam
Ir à praia, cheiro de alfazema nos pulsos, comer com gente que eu gosto, fotografar silenciosamente, dançar maluco em casa, paixão avassaladora, ir num lugar com boa música, cafuné, dar risada de mim mesma, levar alguém no Humaitá, caminhar num dia nublado, programas ou propagandas toscas, achar um bom livro sem estar procurando, molhar o rosto num dia quente, fazer boas surpresas, beijar, ver minha família dançando, andar de braço dado com Azi ou mama, receber boas notícias, massagem, Nanana e Clarinha, aprender uma coisa difícil, criança brincando, pirulito, coração batendo forte, gato ronronando, dar risada até faltar o ar, chorar com alguma boa lembrança, fazer um trabalho agradável, cantar no chuveiro, conhecer alguém legal, frio na barriga, arco-íris no quarto, Gattai caçando passarinho, autopista, expressões antigas, matar saudades, pimenta na comida, videogame, ser lambida por cachorro, risada de Dudu, me encantar com teatro ou cinema, barba no pescoço, andar de pés descalços, Zumbi subindo na perna, pintar unha de preto, receber elogio, cortar cabelo, unha de Diná na barriga, sorvete de coco queimado, derreter de felicidade, cachos cheirosos e redondos, ganhar presente, tomar chuva, comprar roupa em brechó ou livro em sebo, Machado de Assis, Frida em cima de livro, pipoca com manteiga, beijar pálpebras, usar óculos gigante, receber visita dos meus primos, veranear na praia, brincar em piscina, ouvir história engraçada, correr dando risada, tirar cola da mão, deitar em um colo aconchegante.
segunda-feira, novembro 07, 2005
Novo ídolo: Hélio Ziskind
Tchau preguiça
Tchau sujeira
Adeus cheirinho de suor
Oh...
Lava lava lava
Lava lava lava
Uma orelha uma orelha
Outra orelha outra orelha
Lava lava lava lava
Lava a testa, a bochecha,
Lava o queixo
Lava a coxa
E lava até...
Meu pé
Meu querido pé
Que me agüenta o dia inteiro
Oh Oh
E o meu nariz
Meu pescoço
Meu tórax
O meu bumbum
E também o fazedor de xixi
Oh...
La la
Laia laia la
Laia la la la
Laia la
La la la la la
Hum... Ainda não acabou não
Vem cá vem... vem
Uma enxugadinha aqui
Uma coçadinha ali
Faz a volta e põe a roupa de paxá
Ahh!
Banho é bom
Banho é bom
Banho é muito bom
Agora acabou!
Boas novas
Churrasco Psi, 2004. Nino dançando bêbado+uma lerda tirando fotos com baixa velocidade.
Minha linda,
Já cheguei nasoroupa. Estou aqui na italia a uma hora, tempo de pensar em ir me apresentar a cidade e fazer alguns amigos. Bom, já logo de chegada um amigo italiano nos permitiu fazermos este precioso contacto, pode espalhar por essas bandas: o louco do tio nino vai atazanar os europeus, é nois velho! Te kero muito bem, mas por hoje é tudo.
Um abraço para galera
sexta-feira, novembro 04, 2005
Genética
D. Oliva conserta chuveiros e quebra paredes. D. Carola conserta seu próprio computador. E assim caminhamos pela total extinção dos homens da humanidade.
Sim, é um post escrito por uma mal amada, porém bem humorada! :)
Essa foto não tem nada a ver com nada, só acho bonitinha. São meus tios num dia muito feliz. Estou com saudades de minha happy family.
Eu quero ver chachorro grande, eu quero ver chachorro grande, eu quero ver chachorro grande, eu quero ver chachorro grande, eu quero ver chachorro grande, eu quero ver chachorro grande, eu quero ver chachorro grande. Alguém me leve pra essa carniça.
Não sou superficial, apenas tenho um jeito diferente de me expressar. Ah, deixa pra lá! Vá se foder e ponto final.
quinta-feira, novembro 03, 2005
terça-feira, novembro 01, 2005
Pra dançar doido
(The Kinks)
Hello,
I love you.
Won't you tell me your name?
Hello,
I love you.
Let me jump in your game.
Hello,
I love you.
Won't you tell me your name?
Hello,
I love you.
Let me jump in your game.
She's walkin' down the street,
Blind to every eye she meets.
Do you think you'll be the guy
To make the queen of the angels sigh?
Hello,
I love you.
Won't you tell me your name?
Hello,
I love you.
Let me jump in your game.
Hello,
I love you.
Won't you tell me your name?
Hello,
I love you.
Let me jump in your game.
She holds her head so high
Like a statue in the sky.
Her arms are wicked and her legs are long.
When she moves, my brain screams out this song.
Sidewalk crouches at her feet
Like a dog that begs for somethin' sweet.
Do you hope to make her see, you fool?
Do you hope to pluck this dusky jewel?
Hello.
Hello.
Hello.
Hello.
Hello.
Hello.
Hello.