sexta-feira, novembro 11, 2005

Quando nós não realizamos uma tal possibilidade, então ela nos escapa para sempre. Se porém, nós a realizamos uma vez, então nós a realizamos de uma vez por todas. Então nós salvamos no passado a realidade da qual fizemos uma possibilidade. Pois ela é guardada no passado. Lá ela é preservada contra a transitoriedade. No passado nada é inexoravelmente perdido, mas tudo é resgatado de forma indelével. Comumente, o homem vê apenas o restolho da transitoriedade; o que ele deixa de ver são os celeiros cheios de passado. O que sempre fizemos e criamos, o que sempre vivenciamos e experimentamos – nós colocamos a salvo nesses celeiros, e nada e ninguém pode jamais bani-lo.
Vivi completamente; jamais a fortuna mais maligna arrancará de nós aquilo que a primeira hora nos deu. (Titus Petronius Arbiter)
(Frankl, Viktor E. A questão do sentido em psicoterapia. Campinas, SP: Papirus, 1990.)

Um comentário:

Anônimo disse...

Então o lance é fazer. E nunca nos arrependermos de ter feito; do contrário, tudo seria apenas possibilidade.


É isso? Sou péssima para interpretar textos abstratos...