terça-feira, fevereiro 28, 2006

Depois do sol de ontem, sentei e desenhei. Fico feliz por perceber que escolhi a profissão certa, pelo menos isso. Salve a arteterapia. Desenhei ele, o vírus que me pegou, que tem me deixado tão frágil. Agora bem que podia ser mais alternativa, queimar o papel, pedir ajuda aos elementos da natureza e ficar imune novamente. Já sei o que posso fazer: moro na terra da folia, alegria, baianidade nagô e coisa e tal. Vou sair, ficar bem no meio das pessoas dançando e gritando histericamente. Tratamento de choque. As pessoas que dançam e gritam histericamente, não sou disso não. Costumo ficar triste em ambientes onde se tem que ficar alegre. Pessoas muito felizes me dão desgosto. É como se eu ficasse mais consciente que depois da euforia sempre vem a tristeza. Sutileza, delicadeza, silêncio, isso me faz bem.
Ontem procurava uma foto nova pra o meu msn, saí olhando as minhas. Dezenas de fotos e sempre carola nelas. Os momentos foram bons, mas me deu um cansaço de ser eu mesma! Porque tudo pode mudar, mas sou sempre eu, sempre tenho que agüentar a minha própria companhia e isso me deu um certo tédio. Aí ele me disse "eu vou ser sempre eu mesmo, mas nunca o mesmo. Eu sinto que estou em constante mudança". Concordo, mas que chato isso.

Um comentário:

LoiZ disse...

a mulher araba do harem fala so com a natureza, ceu e vento nas terraços sobre sua interioridade ferida e tediada.
assim encontra um lugar para amar o que ela è, unico e tb comum a todas mulheres.

este portogues vai matarme!!